“Um olhar crítico sobre o passado e o futuro da publicidade”, foi a apresentação de ontem do Marcello Serpa. O criativo lançou várias provocações em frente a uma plateia cheia de admiradores, como: “a mídia social acabou”, “o viral morreu” e “o instagram é a nova mídia impressa”.
Segundo ele, o fim da mídia social foi causada pela redução “a quase zero” dos algoritmos de viralização orgânica em redes como o Facebook. “Com o tempo, descobre-se que não existe almoço de graça. O Facebook e o Youtube são como traficantes que vão dando a cocaína de graça na porta da escola para depois começar a cobrar dos viciados”, comparou. “Hoje tudo é pago, então, parem de chamar de mídia social. São empresas de mídia, estão concorrendo com a Rede Globo. Não tem mais um milhão de views de graça”.
Realmente a galerinha do Zuckerberg altera bastante os algoritmos do Facebook, fazendo com que o alcance orgânico fique cada vez mais difícil. Com o resultado orgânico longe de ser conquistado, também nos distanciamos do viral – que há alguns anos era promessa no meio publicitário. Como disse o criativo: “Não tem mais o sonho do anunciante com a mídia social e a internet gratuita. Isso significa uma coisa muito boa: que agora é pago e temos que gastar dinheiro em produções sensacionais também para o digital. Chega de filminho baratinho. Se está gastando muito dinheiro na mídia, tem que gastar também na produção”
Serpa também comentou sobre os vídeos, que estão ganhando uma atenção cada vez maior no Facebook: “É a volta dos que não foram, vamos voltar a fazer filmes”, comemorou. Nós já estamos super de olho aqui na Fresta e podemos concordar com o criativo, vídeos estão trazendo ótimos resultados! Outra opinião que também levamos em conta, é sobre o Instagram. O canal está ganhando espaço de uma forma simples e cativante – “o instagram é a nova mídia impressa… é uma imagem e um título”, comenta.
Afiadinho, hein?! Humor à parte, Marcelo nos deixou ótimos conselhos: “seja simples nas campanhas, nas estratégias, nas ideias” e “seja imprevisível –“o clichê conforta os medíocres enquanto protege os covardes”. Adoramos, Serpa!